Além de inventar um dispositivo aerodinâmico
e se tornar o último homem a
vencer um grande
prêmio em um carro projetado por ele mesmo, o
que Dan
Gurney fez na Fórmula 1? Que tal ter sido
o primeiro a usar um capacete
fechado, em 1968?
Talvez você se lembre do GP da Alemanha de 1968
como o grande dia de Jackie Stewart. Foi a corrida
que colocou à prova
os pilotos que enfrentaram as
águas geladas das montanhas Eifel. Quando
tudo terminou,
depois de 14 eternas voltas pelas montanhas, o jovem
escocês
com o tradicional tartan real dos Stewarts ao redor de seu
capacete branco venceu a prova, se sagrando como
um novo nebelmeister
(mestre da névoa).
Na cabeça de Stewart, assim como na cabeça de
todos os pilotos
da época, estava um capacete aberto, usado com um visor
ou
óculos para proteger de pequenas pedras e insetos. Nesta mesma
corrida, oito minutos atrás, mas ainda na mesma volta do líder,
estava o
competidor norte-americano Dan Gurney com
um capacete fechado, pela
primeira vez na Fórmula 1.
O equipamento usado por Gurney se
desenvolveria com o
decorrer do tempo, transformando-se de uma esfera
que
funcionava na base da fé em uma armadura de fibra de carbono
, forte o
bastante para desacelerar impactos violentos de molas
desgovernadas em
projéteis não fatais, salvando a vida de muitos
pilotos. Naquela fria
tarde de1968, poucos imaginariam que
a Fórmula 1 se transformaria em um
esporte com poucas fatalidades.
Aquele era um tempo em que as florestas
eram rasgadas por um asfalto que
hoje mal serviria
para o estacionamento de um supermercado, quando
Dan
Gurney e Jackie Stewart pilotavam seus carros azuis
por aquelas
solitárias curvas, sem áreas de escape ou
guard-rails, algumas árvores e
postes no meio do caminho
e pouquíssimas câmeras para mostrar
com
quantos culhões se fazia um piloto.
[Fotos: Jim Culp]
POR - PETER OROSZ
15 AGO, 2013 - 18:42
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